Competência de área II: Compreender as transformações dos espaços geográfi cos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.


A divisão territorial de um país vai além da defi nição de suas linhas de fronteiras, pois um território não se forma naturalmente, ele é produto da participação ativa e coletiva da sociedade. Cada povo busca autonomia e soberania territorial, o que nem sempre é possível, surgindo, assim, disputas nacionais e/ou internacionais relacionadas às diferenças geográficas, étnicas, religiosas e culturais. Nesse sentido, os movimentos sociais e a participação dos cidadãos atuam como agentes políticos, transformando
e redefinindo os espaços geográficos.
Será que conflitos por domínio e autonomia de território no espaço geográfico ocorrem apenas entre países? Em verdade, esses conflitos por espaço territorial também estão presentes nas cidades, nos bairros, nas favelas e nos ambientes rurais.


DESENVOLVENDO HABILIDADE  H-06
Interpretar diferentes representações gráfi cas e cartográfi cas dos espaços geográficos.

> Texto de Referência Histórico da divisão regional brasileira No Brasil, a primeira divisão regional foi apresentada em 1938, decorrente da preocupação do governo com a integração econômica do espaço brasileiro. Essa divisão, no entanto, recebeu sérias críticas.
Elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ela priorizava a localização em detrimento das características físicas, humanas e econômicas das áreas que agrupava. Por essa razão, o IBGE apresentou, em 1941, uma nova divisão regional do território brasileiro. A divisão regional de 1941 já delimitava cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste. Foi feita com base no conceito de região
natural, levando em conta sobretudo a uniformidade dos elementos da natureza. As unidades regionais foram identificadas por meio do “estudo das influências recíprocas entre diferentes fatores naturais, principalmente clima, vegetação e relevo”. Mas
essa proposta logo foi substituída, pois encaixava todos os Estados inteiros nas grandes regiões, mesmo aqueles que apresentavam paisagens naturais
muito distintas dentro de suas fronteiras. A divisão regional seguinte, de 1945, mantinha as grandes regiões da divisão anterior, mas acrescentava critérios hierárquicos (grandes regiões, regiões, sub-regiões e zonas fisiográficas) e os novos Territórios Federais criados em 1942 (Fernando de Noronha) e 1943 (Amapá, Rio Branco,Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu).
Essa divisão regional perdurou até 1969, quando os novos conhecimentos adquiridos sobre o território brasileiro e as transformações nele ocorridas em razão do desenvolvimento industrial e urbano obrigaram o IBGE a estabelecer uma nova divisão
regional. Dessa vez, o conceito-base era o das regiões homogêneas, definidas pela combinação de aspectos naturais, sociais e econômicos. A Região Leste desapareceu, com a Bahia e o Sergipe migrando para a Região Nordeste. A Região Sul passou a existir sem a presença de São Paulo que, juntamente com Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, passou a constituir a nova Região Sudeste. Entretanto, percebemos que as linhas divisórias das regiões continuam coincidindo com os limites estaduais.
A divisão regional de 1969 ainda é a oficial, com apenas uma modificação: o Estado de Tocantins, criado em 1988 e desmembrado do Estado de Goiás (Região Centro-Oeste), foi incluído na Região Norte. A justificativa para tanto foi o fato de esse Estado ter maior articulação econômica com o Estado do Pará e com o sul do Maranhão.
Como o tema é controverso, já na década de 1960 o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propunha uma divisão não oficial, que representava a teia do processo socioeconômico sem se ater às delimitações das fronteiras políticas interestaduais.
(htt p://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Pinchas_Geiger(Adaptado).

Questão 1 – Colégio 7 de Setembro Geógrafo José Donizete Cazzolato, propõe nova divisão territorial do Brasil
Ou o Tocantins deve ser reincorporado à Região Centro-Oeste, ou que se reorganizem as fronteiras do Norte e Nordeste do país. Neste caso, a região Norte agregaria Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá, enquanto os demais estados amazônicos constituiriam uma nova região chamada Noroeste. A atual configuração das cinco macrorregiões considera diversos aspectos geográficos,sociais e políticos, e procura retratar os fluxos econômicos entre as unidades federativas. No entanto, a criação do Tocantins e sua inclusão na região Norte, em 1989, rompeu com a lógica do modelo, mostra a pesquisa.A situação do Tocantins é destoante na divisão em cinco macrorregiões do IBGE, pois menos de 20% das fronteiras do estado estão dentro de sua própria região. Além disso, por uma análise de fluxos e redes capaz de determinar o grau de coesão das unidades administrativas dentro da região, observa-se que o estado mantém fortes laços com o Pará e com o Maranhão. Por outro lado, a região Norte, na prática, se divide em duas grandes porções, polarizadas por Manaus e Belém. E, no Nordeste, o Maranhão desponta com características naturais e culturais diferenciadas dos demais estados da região. Para o geógrafo, a melhor solução seria a formação da região Noroeste e a reconfiguração das regiões Norte e Nordeste.

Divisão Oficial do IBGE Cazzolato
1189533372
Proposta de José Donizete
1189533332
Disponível em: (htt p://www.agrosoft .org.br - Acesso em: 20/04/2010
(Adaptado).

Com base na interpretação dos mapas e no texto é possível concluir que a melhor solução para a divisão territorial brasileira, segundo o geógrafo José Donizete Cazzolato, seria somente a inclusão:
a) do estado de Tocantins na região Centro-Oeste, devido às semelhanças no que diz respeito aos aspectos naturais.
b) do estado do Maranhão na região Norte, e a divisão da mesma em duas novas regiões.
c) na região Norte, dos estados do Tocantins e Maranhão, devido aos seus fortes laços com o Pará.
d) do estado no Maranhão na região Noroeste, devido aos seus laços culturais e naturais.
e) do Tocantins na região Norte, devido às semelhanças econômicas e sociais.

Solução comentada
Para o geógrafo, a melhor divisão territorial seria a inclusão, na região Norte, do estado do Maranhão, devido às suas semelhanças naturais, sociais, culturais e econômicas. Sugere ainda a formação da região Noroeste e a reconfiguração das regiões Norte e Nordeste.
Resposta: B


1 comentários:

Anônimo disse...

devido a seus recursos naturais e relovo seria justo o Maranhao fazer parte da regiao norte Rondonia e mato grosso da regiao noroeste seria uma boa divisao fora issso esta tudo bem dividido
parabens

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